sábado, 29 de setembro de 2012

VIVA O BRASIL

Cada pessoa quando se depara com uma situação tem sua maneira de ver e interpretar os fatos.
 
Sempre lemos que alguns fazem das dificuldades um degrau, que outros se entregam à elas e assim por diante...em cada um sua particularidade ao lidar com a vida.
 
 
Estou escrevendo isso para dizer a vocês, que cada lugar que morei o povo tem um jeito de ser, de viver e de lidar com os acontecimentos da vida, lembrando que morei nas duas regiões mais pobres do Brasil em renda per capita (ou rendimento per capita é um indicador que ajuda a saber o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região (é a soma dos salários de toda a população dividido pelo número de habitantes) e consiste na divisão da Renda Nacional, Produto Nacional Bruto (PNB) menos os gastos de depreciação do capital e os impostos indiretos pela sua população), o que para alguns já seria motivo o bastante para serem egoistas ou entregues as tristezas e dificuldades da vida.
 
Mas, justamente nestes lugares, as pessoas são as mais solidárias e humanas, dividem o que não tem, e muitas e muitas vezes divertem-se com pouco, isso parece bobagem mas não é...Nas cidades maiores, como São Paulo, eu não conheci meu vizinho de porta no prédio que morei na Vila Mariana, em Recife também não...mas, em Salvador, além de conhecer os vizinhos por muitas vezes juntamos as panelas, e isso se repete aqui em Fortaleza, onde já é regra todo final de semana se reunir e comemorar, ai alguém pergunta, comemorar o que? Comemorar a vida, a família, ou nada....comemorar o céu azul!
 
 
 
Eu pessoalmente tento justificar a frieza ou receptividade de um povo por sua colonização, que me desculpem os Pernambucanos, mas os Holandeses e Franceses os deixaram mais frios do que aos Bahianos que receberam os Portugueses e seus gigantes navios cheios de negros, que apesar da escravidão trouxeram sua dança e sua alegria.
 
O Amazonas teve presença de Portugueses e Espanhois em sua grande maioria, mas hoje tem a presença do Brasil todo, sem medo de mentir, penso que lá atualmente tem mais gente do restante do Brasil, do que manauaras...rsrsrsrs. Sem esquecer Brasília, a Capital, o lugar de concentração de poder e riqueza, para mim lugar de trabalho, muito trabalho. Essa é realmente a Capital do Brasil, pois que tomada por nordestinos, levando-se em consideração que foram esses os cidadãos levados pelo então presidente JK a levantar o sonho da Capital Federal...é uma cidade diferente, sem comparação com nenhuma outra.  
 
 
Assim, em Sampa tudo é para ontem, em Brasília a urgência é palavra de ordem, por sua vez em Recife tudo é necessário, e em Salvador o que ainda não deu certo, tenha calma e paciência pois dará...rsrsrsrs. Estou descobrindo que Fortaleza desde que você "deixe de bestagem" tudo também é mais calmo, mas não menos eficaz. E, com isso vamos descobrindo também, como as pessoas são tratadas nestes lugares, algumas dessas capitais te veêm como um número, mais um habitante, uma renda a ser gerada no lugar, e mais nada, em outra capital, você já é visto diferente, como um ser humano com defeitos e qualidades, porém em outras você é visto como ameaça, concorrente e ao invés de trazer progresso, está trazendo desemprego para a pessoa nativa, seja por ter uma indicação de peso, seja por seu curriculo.
 
Não fui mal recebida em nenhum lugar que morei, mas é claro que alguns a convivência foi mais complexa do que em outros, mas no fundo gosto do jeito de viver de cada um dos lugares que passei, pois que cada dia a vida se apresenta de uma forma para mim e assim necessito do jeito de cada um desses lugares para lidar com o dia a dia...claro que as vezes sou muito mais pernanbucana do que bahiana, mas isso não me impede de ter um lado brasiliense, e até mesmo cearense...porém, que todos me desculpem, mas sou uma sul-matogrossense de coração pantaneiro, com veias grossas onde corre sangue paulista!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada lugar tem sua diferença, mas na real são lugares tão iguais, de gente tão iguais a gente, cheias de problemas e dificuldades, mas também cheias de desejos e garra, vontade de vencer, de fazer dar certo...e assim, cabe a quem chega na localidade, assim como eu, se apresentar, dizer a que veio e estender a bandeira branca para demarcar que aquele território é totalmente da paz.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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